Francisca Carla era uma doméstica que nasceu em Ubajara e veio para Tianguá atrás de uma vida melhor, numa festa que era realizada pelos patrões e também padrinhos de batismo, na festa entre os convidados havia um profissional da saúde, um médico que quando a viu percebeu que estava doente, uma doença chamada “morfeia”, que naquela época não tinha tratamento, por isso o clima no casarão não era mais  mesmo, e sim de preconceito.

Portadora de hanseníase ela foi excluída do meio social em uma época que a estigma criado sobre a lepra causava repulsa aos enfermos. O único modo de continuar a doença era por gente que entendia sobre a doença como “os leprosos” mas em Tianguá não havia na década de 50.

Francisca Carla foi isolada no meio da mata onde passou o resto de sua vida. Fizeram uma casa no meio do nada, no mato, então ficou lá vivendo de doações de pessoas que deixavam alimentos.

Certo dia ela morreu de fome.

Depois de sua morte, as pessoas fizeram promessas em seu nome e tem relatos que dizem que essas promessas se realizaram, daí veio em mente que ela seria uma santa.